Normalmente uma das primeiras perguntas que surgem depois de apresentar o seu namorado é aquela típica questão: será ele passivo ou ativo? Como parte de um marcado estereótipo da nossa sociedade, os casais homoafetivos também vivem um grande dilema de papéis na hora do sexo. Da mesma forma que as mulheres são categorizadas como a parte mais emotiva de uma relação heterossexual, os homens gays também precisam decidir os seus papéis sexuais. Mas será que isso é realmente necessário?
Em outras palavras, seguindo o padrão dos relacionamentos heteronormativos, o homem gay também é rotulado de acordo com as suas preferências sexuais. Portanto ser ativo, ou passivo é uma das primeiras perguntas que você poderá ouvir quando estiver conhecendo a novas pessoas. Contudo, essa é uma ideia bastante equivocada e esse artigo nasce com a intenção de provar que o sexo vai muito mais além de papéis sociais.
Intimidade e confiança na hora do sexo
Certamente umas das receitas mágicas para uma excelente experiência sexual com seu parceiro ou parceira é a confiança. Desse modo, através dela é possível sermos quem realmente somos, sem nenhum pudor, marcando aquelas coisas que nos chamam a atenção, mas também aquelas que detestamos na hora do sexo.
Por essa razão, é muito mais fácil poder ser livre dos estereótipos sociais do homem gay ativo ou passivo, quando existe uma confiança no seu parceiro, mas principalmente uma confiança em você mesmo. Ou seja, quando você entende o seu corpo e está aberto para poder descobrir o segredo do seu prazer.
Não tenha medo de experimentar
Para poder falar sobre o tabu do estereótipo da sexualidade masculina é importante ressaltar o que significa ser um homem gay ativo e passivo. Em primeiro lugar, o homem gay ativo é aquele que assume, na maioria dos casos, o papel de dominância. Portanto também é a pessoa que exerce o ato da penetração anal na hora do ato sexual.
Já o passivo seria a pessoa que assume um papel de caráter submisso e normalmente é o que recebe a penetração anal. Desse modo, os dois papéis sexuais são constantemente rotulados e ilustrados através da indústria pornográfica e da cultura popular em geral. No entanto, na maioria dos casos, esses papéis são apenas frutos de uma caracterização de como deveria ser o sexo gay.
Como a pornografia dita as regras de conduta na hora do sexo
Muito das normas sociais que vivemos atualmente, são frutos de um mercado midiático muito forte e presente na vida de cada um. A pornografia, como um todo é uma das principais responsáveis pela criação da imagem e do estereótipo do homem gay moderno.
Porém, vale ressaltar que o sexo e a experiência sexual humana, no geral, são muito mais complexos. Dessa maneira, podemos dizer que a pornografia ainda tem fator crucial na hora de permitir que o homem e mulher gay viva a sua sexualidade livremente.
Sexo não é sinônimo de penetração
Nesse sentido de liberdade sexual, podemos chegar à conclusão que nem todo sexo necessariamente necessita terminar em penetração. Ou seja, quem seria passivo ou ativo nesse caso? Por mais que queiramos seguir os padrões que nos ditam, as vezes vale muito mais a pena aprender a escutar o seu corpo.
Em suma, o homem gay tem a liberdade de ser e fazer o que ele quiser na hora do sexo. Não é por gostar de sexo anal que ele será menos masculino ou que perderá o seu papel de dominância em uma relação. Muito pelo contrário, saber entender o seu corpo e quais são as coisas que lhe permitem sentir prazer demonstram uma maturidade muito mais interessante que qualquer outro tipo de norma social.